Eu já tinha feito algumas postagens sore esse assunto porém agora esse tema vai ser abordado uma vez por dia, todos os dias.
O primeiro dos temas vai tratar sobre o ínicio, como tudo começou, a chegada dos deuses gregos ao poder do mundo e do universo.
Quando Cronos tomou o lugar de Urano, tornou-se tão perverso quanto o
pai. Com sua irmã Reia, procriou os primeiros deuses olímpicos (Héstia, Deméter, Hera, Hades, Posêidon e Zeus),
mas logo os devorou enquanto nasciam, pelo medo de que um deles o
destronasse. Mas Zeus, o filho mais novo, com a ajuda da mãe, conseguiu
escapar do destino. A mãe, pegou uma pedra, enrolou-a em um tecido e deu
a Cronos, que comeu-a, pensando que fosse Zeus.
O filho travou uma
guerra contra seu progenitor, cujo vencedor ganharia o trono dos deuses. Ao final, com a força dos Cíclopes–a quem libertou do Tártaro–Zeus venceu e condenou Cronos e os outros Titãs na prisão do Tártaro, depois de obrigar o pai a vomitar seus irmãos.
Para a mitologia clássica, depois dessa destituição dos Titãs, um novo
panteão de deuses e deusas surgiu. Entre os principais deuses gregos
estavam os olímpicos- cuja limitação de seu número para doze parece ter
sido uma ideia moderna, e não antiga- que residiam no Olimpo
abaixo dos olhos de Zeus. Nesta fase, os olímpicos não eram os únicos
deuses que os gregos adoravam: existiam uma variedade de divindades
rupestres, como o deus-bode Pã, o deus da natureza e florestas, as ninfasNáiades (que moravam nas nascentes), Dríades (espíritos das árvores) e as Nereidas (que habitavam o mar), deuses de rios, Sátiros,
meio homem, meio bode, e outras divindades que residiam em florestas,
bosques e mares. Além dessas criaturas, existiam no imaginário grego
seres como as Erínias (ou Fúrias) (que habitavam o submundo), cuja função era perseguir os culpados de homicídio, má conduta familiar, heresia ou perjúrio.
Para honrar o antigo panteão grego, compôs-se os famosos hinos homéricos (conjunto de 33 canções). Alguns estudiosos, como Gregory Nagy, consideram que os hinos homéricos são simples prelúdios, se comparado com a Teogonia, onde cada hino invoca um deus.
No entanto, os deuses gregos, embora poderosos e dignos de homenagens
como as presentes nestes hinos, eram essencialmente humanos (praticavam violência, possuíam ciúme, coléra, ódio e inveja, tinham grandezas e fraquezas humanas), embora fossem donos de corpos físicos ideais.
De acordo com o estudioso Walter Burkert,
a definição para essa característica do antropomorfismo grego é que "os
deuses da Grécia são pessoas, e não abstrações, ideias ou conceitos".Independentemente de suas formas humanas, os deuses gregos tinham
muitas habilidades fantásticas, sendo as mais importantes: ter a
condição de ser imúne a doenças, feridas e ao tempo;
ter a capacidade de se tornar invisível; viajar longas distâncias
instantaneamente e falar através de seres humanos sem estes saberem. Os
gregos consideravam a imortalidade que era assegurada pela alimentação constante de ambrosia e pela ingestão de néctar como a característica distintiva dos deuses.
A maioria dos deuses foram associados a aspectos específicos de suas vidas: Afrodite, por exemplo, era deusa do amor e da beleza, Ares era deus da guerra, Hades o deus da morte e do inferno, e Atena a deusa da sabedoria, guerra e da coragem. Certos deuses, como Apolo (deus do sol) e Dioníso (deus da festa e do vinho), apresentam personalidades complexas e mais de uma função, enquanto outros, como Héstia e Hélios, revelam pequenas personificações. Os templos gregos mais impressionantes tendiam a estar dedicados a um número limitado de deuses, que foram o centro de grandes cultos panhelênicos. De maneira interessante, muitas regiões dedicavam seus cultos a deuses menos conhecidos e muitas cidades também honravam os deuses mais conhecidos com ritos locais característicos e lhes associavam mitos desconhecidos em outros lugares. Durante a era heróica que veremos na próxima sub-seção o culto dos heróis (ou semi-deuses) complementou a dos deuses e ambas as criaturas se fundiram no imaginário da Grécia.
Postado por : Maykson Rodrigues
http://www.facebook.com/maykson.rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário